segunda-feira, 19 de setembro de 2011

CACÁ CORRÊA - 09 MESES DESDE A SUA PARTIDA


Um indivíduo cativante com uma enorme gana pela vida. Sofreu (02) duas cirurgias cardiovasculares seriíssimas até os 09 (nove) anos de idade, pelas quais os médicos não davam-no mais 10 (dez) anos de vida. Surpreendeu a tudo e à todos, nos presenteando com sua arte por mais de (03) três décadas. Era um homem cercado de amigos, mas apenas os considerados “verdadeiros” possuíam a chance de tê-lo em sua companhia. Todos eram encantados por seu sorriso. Detestava sair de casa depois de ter morado anos nos grandes centros (São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre), onde trabalhou ao lado de diversos diretores e veículos televisivos de renome no Brasil. Particularmente achava tudo isso uma grande “balela”. Não gostava nem mesmo de mencionar sua passagem pela Rede Globo. Seus desenhos tinham um traço forte, marcante, supostamente influenciados por seus estudos de Pablo Picasso. Detestava com veemência a mediocridade que tomava conta da maioria da sociedade moderna.

Foi um multi-artista: artista plástico, ator, cenógrafo, dramaturgo e diretor iniciou seus trabalhos ao lado de Luis Henrique Palese (também falecido) e Adriane Mottola junto à Cia. Stravaganza em meados de 1988 em Porto Alegre/RS. Nos últimos anos, dedicava-se à direção da Cia. apatotadoteatro que tinha fundado em 2004, ao lado de outros indivíduos que buscavam no teatro um meio de transformação pessoal e de sua visão de mundo.

Recebeu 07 (sete) prêmios por suas atuações e outros 03 (três) em leis de Fomento Municipais e Estaduais.

Seu último espetáculo “Lá, no fundo do mar...” recebeu um prêmio de Montagem e permanece na ativa fazendo apresentações e participando de Editais e Festivais. No dia anterior ao seu falecimento, seu projeto Pontinhos de Cultura foi aprovado pelo MINC, mas ele não chegou a tomar conhecimento. Cacá Correa não é mais um homem, é uma belíssima OBRA, uma obra que tocou incontáveis outros seres humanos, expandindo o teatro, melhorando sua qualidade e enriquecendo todos aqueles que com ele conviveram.

Era a viga-mestra da Cia. Apatotadoteatro, que surge desde então sem a sua presença instigadora, mas com a mesma vontade de continuar levando ao público suas experimentações, inquietações e espetáculos! EVOÉ!

ÚLTIMA FINAL DE SEMANA: espetáculo "SETEMBRO"


Um dos integrantes da Cia. Apatotadoteatro, Gustavo Bieberbach, faz parte do elenco do espetáculo.

Teatro ajuda a compreender impacto do 11 de Setembro sobre a política da vida

Primeira grande produção do Curso de Artes Cênicas da UFSC, Setembro reestreia no dia 9, no Teatro da UFSC, para uma temporada até dia 25. Montagem realiza uma reflexão poética, intelectual e sensível sobre as causas e consequências do 11 de Setembro

Um milhão talvez seja um chute muito distante para o número de vezes em que a cena do ataque às Torres Gêmeas foi transmitida pelas câmeras de TV no mundo todo. Mas a repetição exaustiva dessas imagens de terror não ajuda a compreender o que ocorreu à humanidade em torno desse dia, nem a biopolítica que as potências do eixo ocidental instalaram após o 11 de Setembro. O sentido da guerra não está no momento da explosão, ou no espetáculo das bombas, mas no longo silêncio ou na espessa nuvem de poeira que pairou sobre o mundo depois de as torres desabarem. Setembro, primeira montagem do Curso de Artes Cênicas da Universidade Federal de SC, que volta ao palco do Teatro da UFSC neste final de semana, é uma tentativa de compreender no espaço da arte as consequências desse acontecimento que impactou a vida no Planeta.

A Guerra contra o Terror que se seguiu a partir daí tem pautado as relações interpessoais, internacionais e interculturais dos indivíduos e nações, inaugurando um novo sistema geopolítico no século XXI. “Ficaram marcas visíveis na vida cotidiana, com a normalização dos instrumentos de vigilância da sociedade de controle e a suspensão dos direitos civis ou mesmo a invasão militar e execução sumária de acusados de terrorismo em inúmeros países”, anota Fábio Salvatti. Estabeleceu-se um verdadeiro estado de exceção transnacional, no qual se ignoram as soberanias nacionais ou as convenções humanitárias. “Campanhas de delação afixadas em cartazes nos principais centros urbanos dos países desenvolvidos, flagrantes abusos contra os direitos humanos, intolerância religiosa, disseminação da xenofobia: o mundo deste novo milênio está, decididamente, marcado pelas cicatrizes de um conflito biopolítico”, diz o argumento da peça.


Ficha Técnica:
Direção: Fabio Salvatti
Codireção: Gerson Praxedes
Direção de arte: Luiz Fernando Pereira (LF)

Elenco: Araeliz, Bárbara Danielli, Betinho Chaves, Carlos Silva, Célio Alves, Claudinei Sevignani, Elise Schmiegelow, Emanuelle Antoniollo, Gabriel Guedert, Gustavo Bieberbach, Ilze Körting, Janine Fritzen, Malu Leite, Paula Dias, Rafaela Samartino, Ricardo Goulart, Rodrigo Carrazoni, Tainá Orsi, Tamara Hass, Thaís Penteado, Vera Lúcia de Azevedo Ferreira, Wellington Bauer

Iluminação: Gabriel Guedert
Vídeos: Fabiane de Souza
Fotografia: Larissa Nowak
Pesquisa de trilha sonora: Fabio Salvatti

Realização: alunos da 8ª fase do curso de Artes Cênicas da UFSC
Patrocínio: SeCArte/UFSC (Secretaria de Cultura e Artes da UFSC)
Apoio: CCE - DALi – DAC/UFSC
Contatos: 37216801


SERVIÇO

Datas: 23, 24 e 25 de setembro de 2011.
Horário: 20 horas
Local: Teatro da UFSC (ao lado da Igrejinha)
Entrada franca - retirar ingresso uma hora antes do espetáculo

terça-feira, 13 de setembro de 2011

8º SEMINÁRIO DE ESTUDOS SOBRE O TEATRO DE ANIMAÇÃO

Um dos integrantes da Cia. Apatotadoteatro tem sua pesquisa selecionada para o 8º SEMINÁRIO DE ESTUDOS SOBRE O TEATRO DE ANIMAÇÃO.


A organização do 8º Seminário de Estudos sobre Teatro de Animação torna público o nome dos selecionados para a apresentação de trabalhos em forma de banner que acontecerá em Jaraguá do Sul no período de 06 a 08 de Outubro de 2011.

ALEX DE SOUZA - UDESC
Misturas e modalidades de animação no teatro de bonecos brasileiro.
BÁRBARA CATHELINE DANIELLI – UFSC
A produção se faz necessário?
BRUNO MENDES MALDEGAN – UNESP
A semiologia da composição da imagem.
CAIO VINICIUS CERAGIOLI VIEIRA - UNESP
O movimento corporal: a simbiose entre o ator e o movimento.
CHRISTIANE DE FÁTIMA MARTINS - USP
Proyecto Filoctetes e Project Embed – processos distintos, resultados semelhantes.
ELISÂNGELA POLETTO DOS SANTOS - UDESC
Formação no Teatro Catarinense.
FABIANA LAZZARI DE OLIVEIRA – UDESC
Atrás das sombras: o ator da Companhia Teatro Lumbra de Animação.
FRANCISCO GUILHERME DE OLIVEIRA JÚNIOR -EMAC/UFG
Explorando o movimento involuntário na manipulação.
GUEMERA DE CAMARGO NEVES FERREIRA JORGE – UNESP
Boneco, máscara, ator – um jogo de híbridos.
ISABELLA AZEVEDO IRLANDINI - UDESC
A voz encarnada – desencarnada no teatro de animação.
IZABELA OURIQUES QUINT - UDESC
Odisséia – processo criativo de uma montagem cênica.
JOÃO PAULO RAFAELLI -UNESP
A iluminação como narrativa cênica – um aspecto do teatro visual.
LUIS GUILHERME CONRADI SILVA – UNESP
Uma viagem ao coração do inanimado

LUIZ GUSTAVO BIERBERBACH ENGROFF – UFSC
Corpo e formas em movimento: a utilização de partituras corporais na construção da cena no teatro de animação.


MARIA EDUARDA SCHAPPO - UDESC
Teatro de animação em Santa Catarina e suas transformações contemporâneas.
PEDRO LUIS COBRA SILVA – UNESP
A direção da imagem – O Delírio em cena.
RAISSA PERSIANI DE CAMPOS – UNESP
Teatro Didático da UNESP: a construção da imagem no processo criativo coletivo.

COMISSÃO CIENTÍFICA:
Professora Drª Amabilis de Jesus (FAP)
Professor Dr Felisberto Sabino da Costa (USP);
Professora Drª Izabela Brochado (UNB) ;
Professor MS Miguel Vellinho (URJ);
Professor MS Paulo Balardim (UDESC);
Professor Dr Valmor Nini Beltrame (UDESC).

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Espetáculo "SETEMBRO" retorna aos palcos da capital.


Após, temporada no Espaço da Cia. Elevador Panorâmico em São Paulo/SC, o espetáculo "SETEMBRO" volta em cartaz em Florianópolis/SC. Um dos integrantes da Cia. Apatotadoteatro, Gustavo Bieberbach, faz parte do elenco do espetáculo.

Teatro ajuda a compreender impacto do 11 de Setembro sobre a política da vida

Primeira grande produção do Curso de Artes Cênicas da UFSC, Setembro reestreia no dia 9, no Teatro da UFSC, para uma temporada até dia 25. Montagem realiza uma reflexão poética, intelectual e sensível sobre as causas e consequências do 11 de Setembro

Um milhão talvez seja um chute muito distante para o número de vezes em que a cena do ataque às Torres Gêmeas foi transmitida pelas câmeras de TV no mundo todo. Mas a repetição exaustiva dessas imagens de terror não ajuda a compreender o que ocorreu à humanidade em torno desse dia, nem a biopolítica que as potências do eixo ocidental instalaram após o 11 de Setembro. O sentido da guerra não está no momento da explosão, ou no espetáculo das bombas, mas no longo silêncio ou na espessa nuvem de poeira que pairou sobre o mundo depois de as torres desabarem. Setembro, primeira montagem do Curso de Artes Cênicas da Universidade Federal de SC, que volta ao palco do Teatro da UFSC neste final de semana, é uma tentativa de compreender no espaço da arte as consequências desse acontecimento que impactou a vida no Planeta.

A Guerra contra o Terror que se seguiu a partir daí tem pautado as relações interpessoais, internacionais e interculturais dos indivíduos e nações, inaugurando um novo sistema geopolítico no século XXI. “Ficaram marcas visíveis na vida cotidiana, com a normalização dos instrumentos de vigilância da sociedade de controle e a suspensão dos direitos civis ou mesmo a invasão militar e execução sumária de acusados de terrorismo em inúmeros países”, anota Fábio Salvatti. Estabeleceu-se um verdadeiro estado de exceção transnacional, no qual se ignoram as soberanias nacionais ou as convenções humanitárias. “Campanhas de delação afixadas em cartazes nos principais centros urbanos dos países desenvolvidos, flagrantes abusos contra os direitos humanos, intolerância religiosa, disseminação da xenofobia: o mundo deste novo milênio está, decididamente, marcado pelas cicatrizes de um conflito biopolítico”, diz o argumento da peça.

Integrada por 21 alunos, a equipe iniciou os ensaios no dia 14 de março. O espetáculo potencializa diversas linguagens e mídias em favor de uma encenação interativa com o público, como sublinha Salvatti. Para alcançar essa dramaturgia em processo, o grupo arrisca o desapego a um texto ou a uma tese estabelecida de antemão e busca construir uma enunciação dramática no tempo presente, provocando respostas no elenco a partir de estímulos dados pela direção. Alguns deles são conceituais, inspirados em pensadores como Eric Hobsbawm, Noam Chomsky, Sam Harris e Antonio Negri. Outros são recortes de jornais, discursos de autoridades, documentos oficiais, etc. Além dos fragmentos textuais, a peça explora obras audiovisuais alusivas ao acontecimento, como os documentários Farenheit 911, Zeitgeist, Loose Change, e também várias referências musicais como Eumir Deodato, Nick Drake, Zbigniew Preisner, dentre outras.

Na avaliação da secretária de Cultura e Arte da UFSC, Maria de Lourdes Borges, Setembro, é uma das grandes produções artísticas da universidade deste ano, que aponta um caminho para fortalecer o entrelaçamento entre arte e saber acadêmico. Aberta ao público, a peça foi produzida pela Expresso Produções, com recursos da SeCArte e apoio do Departamento Artístico Cultural, Departamento de Libras e Centro de Comunicação e Expressão. Os ingressos, gratuitos, devem ser retirados no Teatro da UFSC, ao lado da Igrejinha, uma hora antes do espetáculo.

Ficha Técnica:
Direção: Fabio Salvatti (37216801)
Codireção: Gerson Praxedes
Direção de arte: Luiz Fernando Pereira (LF)

Elenco: Araeliz, Bárbara Danielli, Betinho Chaves, Carlos Silva, Célio Alves, Claudinei Sevignani, Elise Schmiegelow, Emanuelle Antoniollo, Gabriel Guedert, Gustavo Bieberbach, Ilze Körting, Janine Fritzen, Malu Leite, Paula Dias, Rafaela Samartino, Ricardo Goulart, Rodrigo Carrazoni, Tainá Orsi, Tamara Hass, Thaís Penteado, Vera Lúcia de Azevedo Ferreira, Wellington Bauer

Iluminação: Gabriel Guedert
Cenário e figurino: Malu Leite
Cenotécnico: Edson
Costureira: Iraci
Vídeos: Fabiane de Souza
Fotografia: Larissa Nowak
Pesquisa de trilha sonora: Fabio Salvatti
Programação visual: Fabio Salvatti e Wellington Bauer

Realização: alunos da 8ª fase do curso de Artes Cênicas da UFSC
Patrocínio: SeCArte/UFSC (Secretaria de Cultura e Artes da UFSC)
Apoio: CCE - DALi – DAC/UFSC
Produção: Expresso Produções
Contatos: 37216801


SERVIÇO

Estreia: 9 de setembro
Apresentações: 10 a 25 de setembro (sábados e domingos)
Horário: 20 horas
Local: Teatro da UFSC (ao lado da Igrejinha)
Entrada franca - retirar ingresso uma hora antes do espetáculo